Ela fingia não se importar com o fato de não ver seus olhos verdes
e brilhantes todos os dias, seu tom de voz rouco e aveludado ao falar
com ela e seus beijos doces a acordando pela manhã. Ela se
acostumara com a presença dele no último ano. Quando ele precisava
viajar, era apenas por um dia ou dois. Agora se viam na dificuldade
de passarem mais de seis meses sem se ver. Não era muito tempo,
pensando por um lado. Mas pelo outro, era tempo demais.
Ele, pelo contrário, demonstrava até demais que sentiria falta de
sua risada escandalosa e contagiante, seu mau humor matinal e a
maneira de como ela se irritava fácil por qualquer coisinha
insignificante. Ele nunca tinha se apegado tanto assim a alguém
antes. Nunca desejou, precisou ou se importou com outra pessoa,
exceto sua mãe, além de si mesmo. Agora ele era completa e
irrevogavelmente dependente dela. De seu sorriso, seu perfume e seu
olhar.
Parecendo um adeus definitivo, eles se abraçaram com força. Com
receio de não se verem e até com saudade. Ninguém sabia, mas seus
corpos se encaixavam perfeitamente, de um jeito sobrenatural. Ela se
aninhava tão bem em seu peito e em seu abraço. Ele, por outro lado,
encaixava com precisão sua cabeça sob a cabeça dela e seus braços
a envolviam de uma maneira sem igual.
Ela cresceu no campo, com seus pais. Cuidava da casa e de sua irmã
caçula enquanto os pais roçavam e aravam a terra. Quando terminou o
colegial, foi morar na cidade com a tia. Prestou o vestibular de
arquitetura e passou, ganhando bolsa integral. Arrumou um emprego
como garçonete em um restaurante chique no centro da cidade onde
morava. Trabalhava o dia inteiro, estudava à noite. Aos finais de
semana, se empenhava ainda mais no trabalho e, ao invés de sair ou
até dormir, lia as apostilas da faculdade.
Ele teve a vida fácil demais. Foi criado pela mãe, pois os pais se
separaram quando ele era ainda muito pequeno, e pela irmã mais
velha. Sempre fora muito inteligente, mas não necessariamente um
aluno exemplar, considerando que adorava uma bagunça. Começou a
trabalhar enquanto estava no colegial por insistência e necessidade
da mãe. Trabalhava em uma padaria. Assim que terminou os estudos, se
dedicou em seu sonho de menino: cantar. Foi assim que nasceu seu
sucesso.
Eles se conheceram de forma um tanto engraçada, para falar bem a
verdade. Ela estava no terceiro ano da faculdade e ainda trabalhava
no mesmo local. Era, agora, a gerente. Ele já tinha sua fama, mas
nada avassalador que até uma pessoa completamente desantenada como
ela poderia reconhecê-lo. Ele reclamou de sua bebida, que estava
errada, e ela resolveu o problema. Ele passou a frequentar cada vez
mais o restaurante até começarem a conversar e se conhecer melhor.
Tempo depois, nasceu, dessa amizade, a atração que ambos sentiram.
E agora estão nesse impasse de pensamentos e emoções.
- Eu
volto para você – ele quebrou o silêncio, soltando-a e olhando
carinhosamente em seus olhos.
- Você
promete? – já a voz dela falhava. Ela tinha medo de ele
esquecê-la ou trocá-la por outra garota melhor que ela. Uma vez
discutiram sobre isso e, embora não tenha admitido, ele tinha a
certeza de que não existia garota melhor para ele senão ela.
- Claro
que sim – um sorriso luminoso se abriu nos lábios dos dois. –
Sempre voltarei para você e somente.
- Certo
– com o sorriso que surgiu em seu rosto, as lágrimas que haviam
formado dissiparam-se.
Em um rápido movimento, ele selou seus lábios nos dela num beijo
que demonstrava tudo o que sentia por ela: carinho, admiração e...
Amor. Em seguida, encaixou a cabeça dela em seu flanco, pousando sua
mão quente entre os cabelos dela, soltos e compridos até o meio das
costas.
- Você
é importante pra mim – sussurrou ele, baixinho, enquanto ela
envolvia a cintura dele com seus braços. – É especial.
Soltou-a novamente, sem vontade, e, em silêncio, pegou sua mochila,
pois sua mala já estava no carro, caminhando até a porta. Antes de
sair, ousou olhar para trás e ver seu sorriso preferido uma última
vez. Acenou com a cabeça e partiu, fechando a porta.
Sem querer ou aguentar ser forte, ela desabou no sofá atrás de si.
Dobrou os joelhos, agarrando-se à suas pernas e lutou contra as
lágrimas em vão. Em segundos, foi consumida por um choro sentido
entre soluços que só parou bom tempo depois, ao ter três certezas.
Eles pertenciam um ao outro. Ele voltaria para ela. E ela o amava
mais do que um dia imaginou amar alguém. O destino dos dois era
ligado, e ambos sabiam disso. Ambos sentiam isso. Ambos estavam
descobrindo que nasceram um para o outro.
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Ah, muito obrigada pelas Gabsers que estão sempre por aqui! Haha, eu nem fazia ideia de que vocês gostavam tanto assim de mim, mas agradeço muuuuuuito pelo carinho!
Obrigada por sempre estarem por aqui, comentando, e por acompanharem tudo o que eu posto. Vocês são demais! Hoje não vou postar um novo capítulo da Fic, mas até domingo eu posto (é uma promessa!).
Um beijo grande à todas vocês e, mais uma vez, obrigada. Hoje o dia tá perfeito pra mim <33
"Por Deus, como eu amo esse garoto! Só Deus sabe como eu o amo, como eu tenho medo de perder o que temos hoje, como minha pele se arrepia ao ouvir sua voz, ao sentir seus lábios nos meus, como seu sorriso me faz cócegas sendo que nem me toca, como eu fico zonza ao seu lado, como todos esses sintomas patéticos de se estar apaixonado ficam fortes quando estou ao seu lado." - 500 Days in London.
Nossa, lindo, lindo, lindo!! Devia se chamar Back for you (volto pra vc), td a ver, né? Parabés pelo aniversário de namoro!! Malikisses!
ResponderExcluirAh, que bom que gostou *-* É, eu não pensei muito no nome na hora ashusauh' Obrigada amore *-* Beeijos!
ExcluirAdorei, perfeito.
ResponderExcluir- Júlia Akemi
Obrigada *----*
Excluirmuito lindo
ResponderExcluirObrigada, flor (:
ExcluirPerfeito, adorei...
ResponderExcluirParabéns :)
Obrigada amore :3
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